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A ligação entre passado e presente se dá de forma harmônica onde os elementos de ontem e de hoje se acomodam de forma respeitosa e funcional.
O projeto de releitura deste espaço nasceu da necessidade de uma adequação técnica de todo o sistema elétrico do edifício, original dos anos 40. Associado a isso a modernização do sistema de interfones instalado nos anos 70, instalação de um sistema de segurança, a implantação de uma grade frontal para criação de um pequeno hall de entrada externo também foram pontos considerados no projeto.
Junta-se a isso o fato do projeto ter sido elaborado e executado, com os apartamentos ocupados, em um momento de pandemia e isolamento social que assolou o mundo em todos os sentidos no ano de 2020.
Os corredores do edifício Franklin Canfield têm histórias para contar. Aliás corredores, em sua maioria, sempre têm. Injustamente são definidas como áreas comuns e “despersonificadas“. Mas na verdade trata-se da persona que representa o edifício. São os corredores que acolhem e conduzem os moradores até o seu porto seguro, chamado de morada.
Toda a área dos corredores possui, na porção inferior de suas paredes, uma espécie de relevo, que foi feito em forma de carimbo pressionado sobre a massa ainda mole. Por toda a área comum, corredores e patamares, quadro a quadro foram se juntando formando pequenos mosaicos de textura. É a personificação em pedra da sofisticação que os italianos gostam de chamar Fatto a mano.
O resgate da história, por meio da pesquisa realizada, de como havia sido feito o piso original de granilha , confirmou o caráter nobre do desenho destes corredores. Como naquele tempo não havia, no Brasil, as atuais máquinas que lixam e aplainam a granilha bruta, o processo era executado a mão. Assim foi feito, em 1943, metros e metros de granilha polida a mão. Um processo que trouxe a nobreza de suavizar o caminho alheio.
As portas sociais ganharam restauro que deixou exposta a madeira original (imbuia). Para as entradas de serviço, a opção foi a manutenção do branco.
A instalação de um sistema novo de iluminação em toda área comum, com funcionamento hibrido (sensores e teclas) possibilitou, além do efeito luminotécnico, uma maior economia no uso de energia elétrica.
Um ponto relevante observado foi com a porção inferior das paredes que apresentam uma textura original. Pesquisas criteriosas identificaram que o método usado para realização deste relevo foi um trabalho artesanal de valor inestimável.
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